6º Sentido ou apenas coincidência?

Eu já deixei claro em alguns posts aqui que sou um indivíduo cético e agnóstico. No entanto, há muitas coisas que ainda não têm explicação. O episódio que vou contar neste post aconteceu comigo e com o Adolf, há algum tempo, mas só hoje decidi postá-lo aqui, depois de conversar com ele.

Numa noite de quarta-feira, entre 11:30 e meia-noite, Adolf e eu voltávamos da festa de uma amiga nossa. Como não era muito distante de onde morávamos, resolvemos seguir a pé. Algum tempo depois, começou a chover, e tivemos que apertar o passo, pois a chuva estava aumentando. No caminho, passamos em frente a uma ladeira. Apesar de bastante comprida, a ladeira serviria como atalho para a gente e o Adolf resolveu cortar caminho por ela. Nessa hora, olhei para a ladeira e, inexplicavelmente, me senti bastante desconfortável. Então, disse para o Adolf "eu não quero ir por aí, pois eu não me sinto bem com essa ladeira". O Adolf achou que eu pudesse estar enjoado pelo que comi na festa, mas eu nem tinha comido e bebido nada lá, e a sensação que eu tinha não era de enjoo, mas de desconforto. Eu não soube explicar exatamente como era essa sensação, mas era algo diferente. Como a chuva estava aumentando, não ficamos discutindo e continuamos seguindo pelo caminho de antes, deixando a ladeira pra lá. Pra nossa sorte, um pouco mais adiante vimos um barzinho e resolvemos parar ali, para fazer um lanche e esperar a chuva diminuir. Até então, tudo normal (e a minha sensação de desconforto havia desaparecido), até que escutamos um fortíssimo estrondo. Nessa hora, a energia da rua acabou, e só o barzinho onde estávamos permanecia com as luzes acesas, já que ele tinha gerador próprio. Algum tempo depois, um dos vizinhos e que era amigo do dono do bar chegou e disse que um raio havia caído entre uma árvore e um transformador... Na ladeira em que seguiríamos! E mais: como consequência, a árvore caiu por cima do poste do transformador, derrubando os fios, que ficaram em contato com as poças d'água daquela rua. Felizmente, não havia ninguém na rua, durante o ocorrido, inclusive o Adolf e eu.

Mesmo o Adolf, que é ateu e também é cético, ficou perplexo com tudo isso. Nenhum de nós dois chegou a contar esse episódio para mais ninguém. O mais surpreendente foi justamente essa sensação de desconforto que senti quando me deparei com a ladeira (e que, algum tempo depois, sumiu, sem mais nem menos, quando seguimos o caminho normal). Afinal, o que teria ocasionado essa sensação? Seria isso apenas coincidência, ou o que muitos chamam de sexto sentido?