Tá, Tá, tá, sei que devo um monte de explicações por ter sumido e um testamento para os que acharam que eu estava morta, isto é, se sentiram minha falta, né. Eu viajei, comecei a trabalhar e estudar ao mesmo e pc pra mim era só em ultimo caso, pra fazer pesquisas. Senti saudades de todos vocês, das brincadeiras, palhaçadas, conversas, em fim. Agora eu voltei.
Ia postar esse texto em fevereiro, mas por causa disso atrasei um pouquinho(?). Está ai então:
Qual a primeira coisa que vem a sua mente quando se fala em “férias”? Na minha vem os três ‘Ss’. Não, não é ‘S’ de Sol, Shows e Sábado a noite. É S de Suor, Sujeira, e Saco cheio
No começo, está tudo bem. Você não tem mais obrigação de ir pra escola ou trabalhar. Pode ficar com a familia, amigos, sair, dormir e ficar no PC ate tarde. E depois tem as viagens, passeios e tudo mais. Eu e minha familia costumamos ir pra praia.
E ai é tudo cor de rosa, quer dizer, isso tirando o fato de você estar num carro apertado quase engolindo o sovaco do seu tio, ter um pai que só sabe discutir sobre futebol ou uma sobrinha chata que te confunde com uma bola de pelos. Não que gatos sejam bolas de pelos... Ah, você entendeu.
A maioria das pessoas que vão a praia não vêem a hora de descer do carro e correr pro mar. Mas o que eu queria mesmo era só descer do carro, meu tio já estava com um fedor danado.
A areia parecia estar limpa... O mar calmo, o sol não estava muito quente, e não se via nenhuma nuvem no céu. Era um dia perfeito, eu diria.
As crianças menores saiam correndo pegando pequenas conchas... sorte a delas, quando eu era pequena só pegava pedras (e só percebia quando chegava em casa).
Mas tudo o que é bom dura pouco...
- Ai!
- Que foi?
- É essa sacola aqui, ta quente!
- Não é uma sacola, sua débil, é uma água viva, sai da água!
Nem queria nadar mesmo...
Sai mancando, correndo, pulando, o que quer que uma pessoa faz quando está machucada, pisando na areia quente e é um pouquinho (?) desajeitada.
Sentei na areia, mas me lembrei da aula de biologia onde a professora falou do barriga d’agua e mudei de idéia. Não queria parecer grávida aos 17 anos e muito menos ter que drenar meu estomago.
A ferida já estava ardendo. Parecia que minha pele tava sendo dilacerada, queimada, cortada em pedaços, despedaçada, enfim. Tava um caco.
Já não agüentava mais de dor quando percebi dois olhinhos tristes me encarando. Minha sobrinha.
- Gatinho ta dodói?
- Não, querida, eu estou me retorcendo aqui pra ver se as pessoas pensam que estou possuída.
- O Dagunote pode te ajudá!
Só pra constar: Dagunote é o amigo imaginário dela. Eu também tenho um, O Alfredo.
É de família...
- Não, eu não preciso de ajuda, estou bem.
Ela me olhou com um jeito melancólico. Mordeu um pedaço do sorvete que tinha na mão e o estendeu para mim. “ Pra você sarar!”, ela disse, e foi correndo, brincar de fazer castelinhos na areia.
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Comentários
Oi Thais!
Que bom que você voltou, me amarro nos teus textos. A Luna te mandou um beijo.
Beijos!
Nossa, Thais! Compartilho de suas idiossincrasias!!!
Mas... "Essa sacola aqui, está quente"... Foi uma TRAGIcomédia!! =S
Que o Alfredo te ajude sempre que você precisar...
a Gatinho...
Essa é 10!
seja bem vinda de volta \o/
esse texto parece que foi feito pra mim... a rotina ir-à-praia-para-ficar-queimado-sujo-irritado-e-fedendo já faz parte do meu sangue... além, é claro, do fato de eu ser um ímã de águas-vivas '-'