Uma perfeita comunhão.

Todos, sem excessão procuram uma alma gêmea. Não importa a idade, a cor, o sexo, a religião, o time de futebol. Felicidade é sinônimo de amor reciproco. A procura do par ideal pode durar décadas, mas com certeza ele existe. Então porque é tão difícil encontra-lo?
Vários fatores podem definir essa resposta. Lugar errado, pressa, medo, insegurança, frustação. Enfim, cada um tem uma história de insucesso. Concordam porém ,que a procura é constante e todos anseiam um amor eterno.
Encontrar a pessoa certa é melhor que ganhar um prêmio acumulado na mega sena ou em qualquer outra loteria, melhor ainda que ser o único herdeiro de uma gigantesca fortuna. Já que amor não sofre variação cambial, assalto ou um roubo. Aliás, amor não sofre nada e me perdoe os poetas que afirmam que amor é "amor é chama que queima sem se vê". "Eterno enquanto dure". Naturalmente se referiam á uma grande paixão, tão efêmera quanto uma noite de lua cheia.
Amor é tranquilo e seguro. É como vagar uma noite inteira na escuridão do mar e aportar na segurança do cais iluminado pelo sol matinal. Mais que isso. É o carinho do colo materno. Eterno.
Esse sentimento gera sem dúvida a comunhão completa. Quando se ama de fato comungamos sem heresia de uma vida plena de reciprocidade em praticamente tudo. Afeto, carinho, projetos, sonhos, realizações, vida financeira, filhos, viagens, preocupações , problemas, dívidas, investimentos, desempregos, derrotas do time de futebol... Sim pois, tudo tem dois lados. O bom e o mais ou menos e não dividi-lo significa um amor fracassado, porque não originou a comunhão. Que é, nada mais nada menos que a fusão de duas vidas numa vida a dois.
Na sociedade moderna é comum vermos as pessoas buscando isso com tanta ênfase que pensamos ser a causa de suas vidas, quando encontram, na primeira tempestade descem do barco e empreendem nova procura. Porque isso ocorre? O amor ficou descartável não cria raiz. Não se fortalece nas dificultades e tentações. É mais fácil voltar á caça que fazer renúncia ou concessões. É tão descartável que não gera comunhão. E dane-se os filhos gerados. Esses, logicamente ficam com aquele que tem mais amor, que hoje não é necessariamente a mãe. Pergunto-me sempre: Os fihos não deveriam ser frutos dessa comunhão?
Não parece. Vivemos tempos bem difíceis. Contudo, uma coisa que não muda é a procura por esse amor eterno. Homo ou hetero, todos sem excessão procuram por esse amor. Ele existe.

Encontra-lo é outra história.
By: Marizete PIres