Encontro-me submetido aos infortúnios do cotidiano
Minha fiel aliada sempre iminente, a dor
Ela que vem tão sublime, transformando tudo ao meu redor
Um baque surdo alerta que está apenas começando
E em profunda consternação aceito que esta é minha sina
Não que eu queira ser mais uma vítima da autocomiseração
Porém o silêncio vindo do vago espaço em que me encontro dispersado
Contiguamente com as lembranças que pairam no ar
Submetem-me a um doce e soberbo padecimento
Originado pela penúria de momentos felizes
Que, por conseguinte, estorva e desestrutura por completa a minha vida
Seria prodigioso se um dia eu reconquistasse os momentos de ventura
Estes que infelizmente tornaram-se limitados no decorrer dos meus dias
É impossível não recordar, estarei presente em tudo o que você fizer
Nas suas lembranças, seja por bem ou não, guardado nas falhas de seu coração
Impetuosas visões, todo o tipo de imagem surge na vertigem
Abrace-me, dê-me um beijo, tire-me desse mar de ilusões
Preciso livrar-me daquilo que é supérfluo
Abominar tudo o que me torna somenos
Assim abdicando das desventuras que predominam
Sobeja-me unicamente, a esperança de dias melhores
Um alguém para acompanhar-me durante a contemplação do ocaso
E tudo isso na véspera do dia de amanhã...
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Comentários
Allan, meu amigo; texto magnífico, meu irmão, vale a pena refletir mesmo sobre o seu conteúdo.
Gabriela, mas não tem nada errado, minha querida. São palavras e idéias apenas.
Só pra esclarecer, mas muito obrigado pela opinião.
Beijo!
tudo vai dar certo.... td vai melhorar!